14 de Agosto de 2014

Como contornar respostas clichê no processo de seleção



Todo recrutador experiente identifica com facilidade quando um candidato usa discursos prontos – com frases e expressões decoradas previamente – em entrevistas de emprego. Evitar os jargões pode parecer uma tarefa difícil, já que os candidatos costumam preparar cuidadosamente as respostas que pretendem usar no decorrer das seleções. Contudo, isso não é impossível! Para se saírem bem em situações do tipo, a empresa deve preparar os recrutadores para que saibam contornar os clichês na hora das seleções.

Para começar, é preciso ter em mente que um candidato não deve ser descartado apenas porque utilizou um clichê na entrevista. Processos seletivos deixam os concorrentes sob grande pressão e sujeitos ao erro. Muitas vezes, eles usam os jargões acreditando que causarão uma boa impressão. Cabe ao recrutador conduzir a entrevista de forma a extrair dos concorrentes a vaga respostas espontâneas.  

Algumas estratégias simples podem contornar respostas clichês em processos de seleção. Quer conhecê-las? Confira as dicas abaixo!

Faça as perguntas certas!

O recrutador que não quer ouvir respostas prontas deve ficar longe das perguntas previsíveis. Ou seja, se ele não quiser obter clichês dos candidatos, também não deverá fazer perguntas clichês. O segredo nesse caso é usar a criatividade e fazer questionamentos inteligentes, que forcem o candidato a sair do discurso preparado e responder de forma espontânea.

Entenda melhor! Provavelmente o maior clichê dos processos de seleção é a pergunta: “qual seu maior defeito?” - a que os candidatos quase invariavelmente respondem: “o perfeccionismo”. O recrutador pode mudar essa questão para: “qual foi o maior erro profissional que você já cometeu?” ou “qual foi a situação mais difícil que você já viveu no trabalho?”.

Outro questionamento clássico nos processos seletivos é sobre os motivos que levaram o candidato a deixar o último emprego e estar desempregado. A resposta mais comum é: “Não concordava com a estratégia de direcionamento da empresa”. Para fugir dela, o recrutador pode perguntar: “Qual foi exatamente o episódio que o levou pedir demissão ou ser demitido do último emprego?”.

Prepare-se para a entrevista e surpreenda

A maneira mais fácil de evitar perguntas e respostas clichês em um processo seletivo é preparar-se para ele. Isso mesmo! Da mesma forma que os candidatos estudam e se organizam, o recrutador também devem estar preparado. Só assim ele conseguirá atender ao primeiro item dessa lista e fazer os questionamentos certos, para realmente surpreender os concorrentes. Então nada de deixar a conversa correr solta!

Uma boa estratégia é fazer uma lista com cerca de dez perguntas que nortearão a entrevista. Na hora em que o recrutador for elaborar as perguntas, é importante ter certeza de que elas fornecerão informações para definição do melhor perfil para a vaga. A medida também é importante porque cria um padrão, possibilitando melhores condições de comparação entre os concorrentes. Se quiser conhecer algumas sugestões de perguntas que podem surpreender seus candidatos, clique aqui.

Tire os candidatos da zona de conforto

Mesmo que o recrutador tenha o cuidado de usar perguntas autênticas, poderá perceber que alguns candidatos direcionarão as respostas de forma a usar expressões e frases previamente decoradas. Nesse caso, o entrevistador terá de utilizar algumas estratégias para conseguir contornar os clichês. O principal segredo é tirar o candidato da zona de conforto.

Normalmente, os concorrentes se preparam para entrevistas utilizando dicas de sites e blogs de emprego. Isso quer dizer que o discurso está preparado apenas superficialmente, até certo ponto. Então, depois de ouvir uma resposta clichê, o ideal é que o recrutador não passe para a pergunta seguinte. Ele deve insistir no assunto, aprofundando a discussão. Dessa forma, o candidato terá de lidar com o improviso e fugir do lugar-comum.

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Gostou das dicas? Você conhece outras formas de contornar as respostas convencionais nos processos de seleção? Conte pra gente!

Escrito por Renato Tavares